Geomorfologia e Geologia:
Nas colinas predominam a arenito amarelo, muito fina a fina, muito friável, argiloso com raríssimos afloramentos de arenito vermelho com manchas acinzentadas e estratificação cruzada.
Os Baixios Costeiros e Recifes Marinhos – A parte emersa dessa unidade carbonática apresenta superfície irregular a cotas Holoceno e ocorrem ao longo de todo o litoral marinho, em faixa localmente interrompida pelas praias de até 0.15m no período de maré alta ou, em torno de 2,6m, acima da maré baixa. Os baixios, sempre submersos, estendem-se em faixas descontinuas frontais aos recifes, indicando controle por flutuações do nível médio do mar.
Os recifes são encontrados fixados em blocos laterizados e silificados, destacados do substrato terciário- mesozóico. No seu topo, são encontrados espécies de corais e de algas coralíferas mortas.
O setor da zona costeira baiana onde esta inserida a localidade em estudo, refere-se a área de Terraços Marinhos, composta por areias finas e grossas. Estando sobreposto por uma camada de vegetação dominante do tipo arbórea de médio porte, arbustiva diversificada (restingas), coqueirais associados a cultura de frutos tropicais. Observa-se na área imediata ao empreendimento, bem como no seu entorno, a ocorrência de intervenções sociais negativa, representada por: retirada da cobertura vegetal em área protegida por lei, a exemplo de áreas de nascentes.
Também na faixa litorânea, a subunidade de Baixios Costeiros e Recifes de corais e algas coralinas apresentam-se localmente bastante degradada possivelmente devido aos problemas de poluição marinha produzida por fontes distantes, da área em questão, transferidas pelas águas marinhas. Recentemente, houve um derrame de óleo bruto nas praias do Morro de São Paulo, produzido por petroleiros que, fazem a limpeza dos seus tanques em alto mar, sendo necessária a intervenção da Petrobras, com equipes e equipamentos específicos, juntamente com a população local, para realizar o trabalho de limpeza e despoluição local. O que causou prejuízos ao meio ambiente e mortalidade de crustáceos.
No que tange aos aspectos morfológicos, o modelado apresenta extrema fragilidade, principalmente, em alguns setores mais rebaixados do terreno, especificamente, as áreas de nascentes, bem como na faixa praial, pois qualquer intervenção social desorientada repercutirá no equilíbrio dinâmico, modificando a morfologia e podendo possivelmente produzir desajustes no sistema ambiental.
Devido a morfologia do terreno á aconselhável a ocupação dos setores topograficamente menos elevadas, ou seja, as áreas relativamente planas com topos e cotas em geral abaixo de 10m e áreas com declividades menos acentuadas. Todavia, a partir da orientação e controle técnico adequado respeitando a definição das zonas de uso deste diagnóstico, será possível a instalação de infra-estrutura necessária para o desenvolvimento do projeto proposto.
A localidade da 4ª praia especializando, na “praia do encanto”, no domínio do povoado de Morro de São Paulo da Ilha de Tinharé, segundo CONDER (1998) foi subdividida em dois grandes agrupamentos de solos, representados pelos “Solos das Terras Altas”, com tabuleiros e colinas antigas e, “Solos das Planícies Costeiras”, de idades mais recentes.
As áreas onde as terras não apresentam evolução pedogenética, não sendo consideradas como solos, foram mapeadas como “Tipos de Terreno”. Correspondem aos “Baixios Costeiros e Recifes Marinhos”, “Estirâncio e Pós- Praia” que representam além de uma beleza natural, um importante ambiente de reprodução da biota.
Baixios Costeiros e Recifes de Morro de São Paulo
Formações litorâneas que aparecem junto a costa, margeando a maior parte da ilha de Morro de São Paulo. São formados a partir de deposições de sedimentos de granulometria geralmente arenosa, com influencia principalmente de água salgada. Os recifes são do tipo “franja”, isto é, estão presos diretamente à costa, formados pela acumulação de corais e algas.